Só mesmo a beleza das coisas simples para nos salvar da frieza das coisas mornas.
Somos autores de boa parte de nossas escolhas e omissões, audácia ou acomodação,
nossa esperança e fraternidade ou nossa desconfiança.
Sobretudo, devemos resolver como empregamos e saboreamos
nosso tempo, que é afinal sempre o tempo presente.
Mas somos inocentes das fatalidades e dos acasos brutais que nos
roubam amores, pessoas, saúde, emprego, segurança, ideais.
De modo que minha perspectiva do ser humano, de mim mesma,
é tão contraditória quanto, instigantemente, somos.
Somos transição, somos processo.
E isso nos perturba.
O fluxo de dias e anos, décadas, serve para crescer
e acumular, não só perder e limitar.
Dessa perspectiva nos tornaremos senhores, não servos.
Pessoas, não pequenos animais atordoados
que correm sem saber ao certo por quê...
Nenhum comentário:
Postar um comentário