Se um dia voltares, destranque as
portas que bati na boca do seu estômago.
Se não, saiba que por irônica coincidência, fomos perfeitos.
Eu, estátua. Você, liberdade.
Por ora, me manterei afastado.
Por birra, preguiça ou medo simplesmente.
Não sei se é uma preparação pra não ter você
ou se tenho pavor de medir o tempo ou, quem sabe,
um receio covarde de que a gente não saiba terminar
e deixe passar nosso prazo de validade
por i-meios cada mês mais curtos.
Muitas pessoas ficaram pra trás, outras tantas deixei passar.
Não sei de que lado você está.
Bem.
A vida segue, não sei como, mas é confortável pensar assim.
Talvez eu esteja desafiando alguma lei da física,
mas já tenho saudade de um futuro que não viverei.
São as estradas da vida.
Só se pode seguir uma delas,
sem nunca saber como seriam as outras.
Acontece assim também com alguns amores...
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