Calmamente ela desistia das pessoas.
E com o passar do tempo, e quanto mais o
sol nascia na sua janela, mais calmante ela desistia.
Na impossibilidade de não amanhecer
todos os dias, mansamente ela vivia.
todos os dias, mansamente ela vivia.
Aprendia todos os dias a suavemente desistir,
sabiamente desistir de tudo o
que resiste, ou deseja com fraqueza.
que resiste, ou deseja com fraqueza.
Por que ela acreditava que amor não
se pede e então, se tivesse que pedir, partia.
E ao longo dos dias que se sucediam
ela ia ganhando o ar sereno
ela ia ganhando o ar sereno
daqueles que sabem desistir em paz.
Aprendeu com o tempo a usar sua
força naquilo que valia a pena.
força naquilo que valia a pena.
E se alguém por ventura quisesse ficar,
então ela amava.
então ela amava.
Amava intensamente.
Amava com a força daqueles
que não desistem nunca daquilo que quer estar
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