Uma relação tranquila consigo mesmo talvez passe
pela consciência de que não devemos dar tanto ouvido ás nossas
vozes internas e que mais vale nos reconhecermos ímpares e imperfeitos por natureza.
A vida só se tornará mais leve e divertida se pararmos de nos autoconsumir
com tanta ganância e darmos uma olhadinha para fora.
A gente perde muito tempo pensando na nossa imagem, no nosso futuro,
nos nossos problemas, nas nossas vitórias, no nosso umbigo.
Até que um dia acordamos asfixiados, enjoados, sem ânimo e sem paciência
para continuar sustentando a pose, correspondendo ás expectativas, buscando
metas irreais, vivendo de frente pro espelho e de costas para o mundo.
É a era do egocentrismo, somos vítimas de um encantamento por nós mesmos,
mas, como toda relação, essa também desgasta.
Fazer o quê?
Esquecer um pouco de quem se é, esquecer da primeira pessoa no singular,
e pensar mais no que representamos todos juntos.
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