Olho pro chão porque tem coisas que eu prefiro não ver.
E são muitas coisas, todos os dias, de todos os lados.
Sorrisos falsos, pessoas pequenas, gente que eu
perdi se encontrando fora de mim.
E me dói (as vezes tanto), então o que os
olhos não veem, você sabe...
Sorrio nem sei porque, muito menos por quem.
Por mim, por toda essa gente que quer meu bem.
Ninguém em especial, ninguém especial.
Queria conseguir ficar uma semana triste,
de cara fechada e seca com o mundo.
Mas eu choro rindo, morro sorrindo e ninguém desconfia,
talvez seja melhor.
Tenho a impressão contínua de que nunca está bom o suficiente.
Meu cabelo, minha maquiagem, minhas roupas, meu jeito.
Eu.
Muita gente chega e quase todas vão embora.
Antes da hora, na hora, depois.
Ás vezes me arrasa, mas não lamento,
fica quem tem que ficar, não é?
Eu sei isso de cor também.
Mas não dá pra evitar a sensação de, sei lá,
pensar que o problema não é de quem parte.
Talvez eu seja sem medidas demais e canse.
Louca demais e enlouqueça.
E nessa, quem não consegue descansar sou eu.
É...