Amei com toda minha verdade e de verdade.
Achei que era pra valer. Que era pra sempre. Que ia durar uma vida.
Não durou o suficiente para me saciar. Durou apenas a saudade.
Insisti. Ofereci. Esperei e nada aconteceu.
Fui romântica excessivamente. Imperdoável. Inconsolável, sai de fininho.
Inconformada, tive que guardar a história. Salvei-me e sobrevivi para contar.
A vida consignou-me alguns estágios de coisas boas e uma sucessão interminável de “ainda”.
Ainda faço. Ainda tenho. Ainda vou. Ainda consigo. Ainda realizo.
Mesmo assim “ainda” acho que vivo uma história pessoal fenomenal.
E nos meus ainda, eu sei com absoluta certeza de que não há nada de errado comigo.
Sou imperfeita na tentativa de acertar e eu
só tenho medo de não ter tempo para cometer todas as outras loucuras que desejo.
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