O que nos une ainda não foi inventado.
Será uma cumplicidade tesuda,
uma comunhão acesa, uma paixão que se ama.
O que nos une ainda não foi inventado.
Gosto de pensar que nada nos apagará de nós,
que nem a morte, quanto mais a vida,
terá força para nos apartar.
Os teus lábios de carne e fogo,
a tua pele que, com a minha,
se agarra ao tempo e o faz parar.
E depois o suor, o gemido.
E a sensação, sempre a sensação, de que,
por mais que os corpos cedam e as respirações
parem, algo assim não acabará...